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Cuba denuncia tropas americanas no Caribe e ação que mira na Venezuela

Cuba alertou que tropas americanas estão nos aeroportos de Porto Rico, República Dominicana e outras ilhas do Caribe, sem o conhecimento de seus governos

Venezuela: "Continua a preparação de uma agressão militar contra a Venezuela sob pretexto humanitário", afirmou a chancelaria de Cuba (Ernesto Mastrascusa/Getty Images)

Venezuela: "Continua a preparação de uma agressão militar contra a Venezuela sob pretexto humanitário", afirmou a chancelaria de Cuba (Ernesto Mastrascusa/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de fevereiro de 2019 às 09h55.

O governo de Cuba afirmou nesta quarta-feira que tropas dos Estados Unidos avançam pelo Caribe para preparar uma "agressão" e "aventura militar" contra a Venezuela disfarçada de "intervenção humanitária".

O Ministério das Relações Exteriores de Cuba citou "movimentações de forças de operações especiais dos Estados Unidos rumo a aeroportos de Porto Rico, República Dominicana e outras ilhas do Caribe, sem o conhecimento de seus governos".

"Continua a preparação de uma agressão militar contra a Venezuela sob pretexto humanitário", afirmou no Twitter a chancelaria de Cuba, país aliado do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

A diplomacia cubana afirmou que os deslocamentos aconteceram entre 6 e 10 de fevereiro, em "aviões de transporte militar para o aeroporto Rafael Miranda de Porto Rico, a Base Aérea de San Isidro na República Dominicana e outras ilhas do Caribe estrategicamente localizadas".

Cuba afirma que "meios políticos e da imprensa, inclusive americanos", revelaram que "figuras extremistas" dos Estados Unidos organizam uma "tentativa de golpe de Estado na Venezuela por meio da ilegal autoproclamação de um presidente".

O líder opositor venezuelano e presidente do Parlamento, Juan Guaidó, é reconhecido como presidente interino da Venezuela por quase 50 países e tem forte apoio do americano Donald Trump.

Na quarta-feira, Guaidó assumiu o controle político do Citgo, filial da empresa venezuelana PDVSA nos Estados Unidos, em sua estratégia de asfixiar economicamente o governo de Maduro.

Ao mesmo tempo, um carregamento de ajuda humanitária enviado pelos Estados Unidos está desde 7 de fevereiro em um centro de coleta na cidade fronteiriça colombiana de Cúcuta, bloqueado por militares venezuelanos.

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