Cubanos comemoram notícia sobre a reaproximação entre Cuba e EUA: o país vem sendo mantido na lista há 30 anos (Roberto Morejon/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2015 às 06h54.
Atlanta - O Ministério das Relações Exteriores de Cuba reconheceu como justa, nessa terça-feira (14), a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de retirar a ilha da lista de países que patrocinam o terrorismo. A decisão de Obama foi enviada ao Congresso na manhã de ontem, para análise.
Os congressistas devem decidir se permitirão a retirada de Cuba da relação de países que apoiam o terrorismo no mundo.
O país vem sendo mantido na lista há 30 anos e a retirada é uma das reivindicações do governo cubano para a continuidade do processo de retomada das relações com os Estados Unidos.
"O governo cubano reconheceu a justa decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de eliminar Cuba de uma lista em que nunca deveria ter sido incluída, especialmente considerando que o país foi vítima de centenas de atos de terrorismo que custaram a vida de 3.478 pessoas e feriram 2.099 cidadãos", diz comunicado da chefe do Ministério das Relações Exteriores cubano para Assuntos dos Estados Unidos, Josefina Vidal.
O Congresso norte-americano tem 45 dias para referendar a decisão de Obama. A Casa Branca informou que enviou aos congressistas documentos exigidos para a análise e um certificado emitido pelo Departamento de Estado que afirma que o país não patrocinou nenhum tipo de ação terrorista nos últimos seis meses.
O processo de retomada das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos foi anunciada em dezembro do ano passado. No último fim de semana, Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, tiveram um encontro histórico no Panamá, durante a Cúpula das Américas.
Se a decisão de Obama for aprovada pelo Congresso, Cuba vai voltar a ter acesso ao sistema bancário dos Estados Unidos, autorizar a abertura de uma embaixada e facilitar a intensificação do comércio.
Os dois países trabalham para acertar detalhes e assumir compromissos para a reabertura das respectivas embaixadas em Washington e Havana, quase uma década depois da ruptura de relações diplomáticas.
A retirada da lista é uma das solicitações de Cuba, que espera pelo fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos, medida que também depende do Congresso norte-americano, por meio de um projeto de lei.
* Com informações da Prensa Latina - Agência de Notícias de Cuba
Editor Graça Adjuto