Fidel Castro, líder cubano: para o governo, EUA incitam a violência na Líbia (Jorge Rey/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 09h45.
Brasília – A exemplo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o governo de Cuba condenou a proposta de intervenção militar internacional na Líbia, na tentativa de pressionar o presidente Muammar Kadafi a deixar o poder. Para Cuba, é necessário buscar o diálogo e respeitar a soberania líbia, disse o representante no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, Rodolfo Reyes. As informações são do jornal oficial cubano, Granma.
Para Reyes, os Estados Unidos “incitam” a violência, a agressão militar e a interferência estrangeira. “Esperamos que o povo líbio conquiste um Estado precoce pacífico e soberano criado, sem qualquer ingerência estrangeira ou de intervenção, para assegurar a integridade da nação da Líbia”, disse ele.
“Fomos informados sobre os planos de uma intervenção militar humanitária à qual nos opomos porque, em vez de resolver a situação, pode complicar ainda mais e ter outras implicações graves”, disse Reyes. Segundo ele, Cuba “rejeita categoricamente” qualquer proposta de intervenção na Líbia.
O representante cubano no Conselho de Direitos Humanos, reunido ontem (28) em Genebra, na Suíça, detalhou as razões que levam seu país a rejeitar a proposta de intervenção. “Temos toda a preocupação a respeito de perdas de vidas e danos causados aos civis pelo conflito. Qualquer pessoa agindo honestamente não pode concordar com a morte de civis inocentes”, disse Reyes.