Rebeldes disparam artilharia na Líbia: Cruz Vermelha está presente no leste do país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2011 às 09h15.
Genebra - O presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Jakob Kellenberger, reconheceu nesta quinta-feira que há guerra civil na Líbia e revelou que o número de feridos atendidos nos hospitais está aumentando.
Em resposta à pergunta sobre se sua organização considera que a situação na Líbia se equipara a uma guerra civil, Kellenberger respondeu que "essa formulação é correta". Ele considera que, na Líbia, há "um conflito armado não-internacional".
O chefe do CICV sustentou que, para a entidade, que tem a maior presença humanitária internacional no leste do país, a prioridade é ter acesso à zona controlada pelo regime de Muammar Kadafi.
O pessoal da Cruz Vermelha se instalou principalmente em Benghazi, bastião dos rebeldes, onde há 26 colaboradores estrangeiros (sobretudo pessoal médico) e cerca de 50 funcionários locais.
"Não sabemos quais são as necessidades humanas na área controlada por Trípoli", assinalou.
Ele também revelou que teve contato com "pessoas muito próximas ao poder" na Líbia, para que os funcionários do Comitê possam atender à população civil na região da capital e na zona oeste do país em geral.