Equipes da Cruz Vermelha distribuíram kits de primeiros socorros para ajudar a população local a tratar dos feridos ao norte de Ajdabiya (John Moore/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de março de 2011 às 15h25.
Genebra - A Cruz Vermelha denunciou nesta quinta-feira que o acesso da ajuda humanitária está restringido na maior parte da Líbia e fez um apelo por autorização para chegar aos civis feridos durante os combates entre forças governamentais e rebeldes, em meio a bombardeios da coalizão internacional.
"Não está claro como os civis estão passando nas áreas afetadas pelas hostilidades", afirmou Simon Brooks, chefe da missão do Comitê Internacional da Cruz Vermelha na Líbia.
"Isso nos preocupa muito. Estamos recebendo informações alarmantes de cidades como Ajdabiya e Misrata, onde o conflito já dura semanas", acrescentou.
Brooks disse que os médicos nessas cidades estão trabalhando em condições extremamente difíceis e pediu a todas as partes envolvidas no conflito que facilitem o acesso da ajuda humanitária.
Nesta quarta-feira, quatro membros da Cruz Vermelha chegaram à cidade líbia de Benghazi, bastião dos rebeldes, para se unirem à equipe que já retornou à área em 18 de março, após as condições de segurança terem melhorado.
Nos últimos dias, delegados da organização foram autorizados a visitar dois soldados do regime feridos e capturados pelos rebeldes.
Já em um povoado ao norte de Ajdabiya próximo aos combates, equipes da Cruz Vermelha distribuíram kits de primeiros socorros para ajudar a população local a tratar dos feridos.