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Croatas votam contra união gay; veja como é a lei pelo mundo

Referendo contou com apoio da Igreja Católica; já o primeiro-ministro lamentou o resultado

EXAME.com (EXAME.com)

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Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 11h50.

São Paulo - Os croatas foram às urnas ontem (1) votar em um referendo sobre o casamento gay. O resultado se mostrou contrário à onda progressista na Europa e a posição de muitos de seus colegas da União Europeia: o país decidiu por rever a Constituição e impedir a união homossexual. 

As contagens preliminares mostravam que 65% dos eleitores responderam “sim” à pergunta se a Constituição deveria definir o casamento apenas como uma união entre um homem e uma mulher. 

O referendo foi apoiado pela Igreja Católica e pela oposição conservadora do país, que conseguiu 750 mil assinaturas para convocá-lo. A Croácia é majoritariamente católica, com cerca de 90% da população fiel. 

Nas missas de domingo, os padres pediram ao povo que fossem votar para defender os valores familiares. Mesmo assim, a participação foi muito baixa: apenas 27%.

A pressão para que ele acontecesse aumentou depois que, em 2012, a Croácia introduziu a educação sexual nas escolas e avaliou conceder alguns direitos a casais do mesmo sexo, como o direito à herança. 

Antes, em 2003, os homossexuais em uma união estável tinham ganhado alguns direitos, como a comunhão parcial de bens.

O primeiro-ministro croata, Zoran Milanovic, um socialdemocrata, disse à EFE: “Infelizmente não pôde ser evitado o referendo sobre o casamento, por mais triste que isso soe”. 

“Este é o último referendo que dá uma chance para a maioria tirar um direito da minoria”, ele disse posteriormente ao Washington Post.

O governo qualificou como homofobia a realização da consulta e, ao que parece, não cederá tão fácil: já prometeu, para semana que vem, um projeto de lei sobre a concessão de direitos amplos aos casais de mesmo sexo.

Casamento gay pelo mundo

Na Europa, a Croácia vai na contramão de seus vizinhos. Muitos votaram leis para garantir direitos aos homossexuais. Na Espanha, Portugal e França, por exemplo, o casamento gay é permitido.

No mundo, a realidade é bem diferente. Em cerca de 78 países, há leis que criminalizam práticas homossexuais. Em países como Irã e Arábia Saudita, a homossexualidade é um crime que leva à pena de morte.

Veja o mapa com a situação dos direitos dos gays ao redor do mundo:

Mapa dos direitos homossexuais no mundo (Wikimedia Commons)

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