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Crítica dos Estados Unidos é "insolente", diz Venezuela

Em nota, o porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, condenou a transferência de opositor para a prisão


	Venezuela: "Ficou evidente a marca e a autoria do golpe de Estado planejado para o próximo 1º de setembro"
 (Miraflores Palace / Reuters)

Venezuela: "Ficou evidente a marca e a autoria do golpe de Estado planejado para o próximo 1º de setembro" (Miraflores Palace / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 18h29.

O governo venezuelano classificou como "insolente" a crítica dos Estados Unidos sobre sua decisão de transferir o ex-prefeito opositor Daniel Ceballos para a prisão, nesta segunda-feira (29), a três dias do protesto que exigirá o referendo revogatório contra Maduro.

Ceballos se encontra em prisão domiciliar.

"Ficou evidente a marca e a autoria do golpe de Estado planejado para o próximo 1º de setembro", de acordo com comunicado do escritório do vice-ministro para a América do Norte da Chancelaria venezuelana.

Em nota, o porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, condenou a transferência de Ceballos para a prisão, alegando que "representa um esforço para intimidar e obstaculizar o direito do povo de expressar pacificamente sua opinião" no ato previsto para esta quinta-feira (1º).

Consideradas "insolentes" pelo Ministério venezuelano das Relações Exteriores, as declarações "estimulam e promovem atitudes violentas, extremistas e antidemocráticas na Venezuela, [por aqueles] que já planejaram crimes contra a vida de nossos cidadãos".

A oposição venezuelana irá às ruas para exigir das autoridades eleitorais que decidam a data de coleta das quatro milhões de assinaturas necessárias para a convocação do referendo revogatório.

De acordo com o Ministério do Interior e da Justiça, os Serviços de Inteligência detectaram que Ceballos, ex-prefeito de San Cristóbal, "pretendia fugir dias antes" de 1º de setembro para "dirigir e coordenar atos de violência no país".

Há um ano em prisão domiciliar por questões de saúde, Ceballos é acusado de incitar a violência nas manifestações contra Maduro em 2014, deixando 43 mortos. O governo também responsabiliza Leopoldo López, que cumpre uma sentença de quase 14 anos de prisão.

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