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Cristina vai a tribunal pela 2ª vez por escândalo no BC

O tribunal estava cercado por um grande número de policiais, que impedia a aproximação da imprensa e de manifestantes kirchneristas


	Cristina Kirchner: o juiz federal investiga a gestão realizada sobre a venda de dólar futuro por parte do BRCA no último mandato de Cristina
 (Marcos Brindicci / Reuters)

Cristina Kirchner: o juiz federal investiga a gestão realizada sobre a venda de dólar futuro por parte do BRCA no último mandato de Cristina (Marcos Brindicci / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2016 às 14h07.

Buenos Aires - A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner foi ao tribunal federal de Buenos Aires nesta quarta-feira para ser notificada sobre o processo que investiga o escândalo conhecido como "Dólar Futuro", sobre supostas irregularidades no Banco Central do país (BCRA) durante seu mandato (2007-2015).

Cristina chegou ao local por volta das 13h locais (mesmo horário de Brasília). O tribunal estava cercado por um grande número de policiais, que impedia a aproximação da imprensa e de manifestantes kirchneristas, que levavam bandeiras e cartazes.

O juiz federal Claudio Bonadio investiga a gestão realizada sobre a venda de dólar futuro por parte do BRCA no último mandato de Cristina, acusada pelo crime de "administração infiel em prejuízo da administração pública".

O magistrado entende que a diferença entre o preço firmado e o do mercado de venda dólar futuro gerou perdas milionárias para a instituição bancária.

Axel Kicillof, ex-ministro da Economia, o ex-titular do BCRA, Alejandro Vanoli, e outras 12 pessoas também são acusadas no caso.

Além disso, o juiz determinou um bloqueio de bens de 15 milhões de pesos (quase US$ 1 milhão) dos acusados.

Cristina já tinha prestado depoimento sobre o caso no último dia 13 de abril. O processo foi aberto em outubro de 2015 pela denúncia dos então parlamentares opositores Mario Negri, da União Cívica Radical, que integra hoje a coalizão governista Mudemos, e Federico Pinedo, atual presidente provisório do Senado.

Recentemente, a ex-presidente, alvo de várias ações judiciais, afirmou estar convencida que é vítima de uma perseguição política, midiática e judicial.

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