Segundo os promotores, o dinheiro era divido entre intermediários e a empresa da família de Kirchner (Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 3 de abril de 2018 às 14h45.
Buenos Aires - Dois promotores pediram nesta terça-feira que a ex-presidente Cristina Kirchner seja investigada por irregularidades na contratação de quartos de um hotel que pertence à ela para a tripulação da estatal Aerolineas Argentinas.
Os promotores Gerardo Pollicita e Ignacio Mahiques pediram ao juiz Julián Ercolini que Cristina seja das 18 investigadas no caso. Também estão entre os suspeitos o ex-ministro de Economia Alex Kicillof (2013-2015) e os ex-presidentes da Aerolineas Argentinas Julio Alak (2008-2009) e Mariano Recalde (2009-2015).
Outro incluído no pedido de investigação, segundo a agência "Telám", é o empreiteiro Lárazo Báez, preso por corrupção.
Segundo os promotores, os acusados realizaram uma "manobra criminosa" para se beneficiar de um esquema que movimentou 16 milhões de pesos (cerca de US$ 795 mil) entre 2009 e 2015. O dinheiro era direcionado a intermediários ou à empresa da família da ex-presidente e atual senadora Cristina Kirchner.
Os promotores afirmam que funcionários da companhia aérea estatal contratavam de "forma interessada" o Hotel Alto Calafate, que pertence a Hotesur, a empresa de Cristina, investigada em outros casos de corrupção durante o governo da ex-presidente.
O esquema teria contratado mais de 26 mil diárias do Hotel Alto Calafate, na província de Santa Cruz, no sul do país, de maneira direcionada, para funcionários da Aerolineas Argentinas.
Para Pollicita e Mahiques, os acusados colocaram o interesse particular acima da obrigação de zelar pelo dinheiro público no caso, omitindo qualquer tipo de controle sobre a contratação.
A ex-presidente afirma que é vítima de uma perseguição política. Cristina responde a vários casos na Justiça por denúncias de corrupção ocorridas durante seu governo.