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Cristina nega ter dado dinheiro a ex-secretário preso

A ex-presidente da Argentina garantiu que não deu ao secretário durante seu governo, José López, as bolsas de dinheiro que ele supostamente tentou esconder


	A presidente argentina Cristina Kirchner: situação em torno da detenção de López despertou um forte escândalo em todo o país
 (Juan Mabromata/AFP)

A presidente argentina Cristina Kirchner: situação em torno da detenção de López despertou um forte escândalo em todo o país (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 23h29.

Buenos Aires - A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner (2007-2015), garantiu nesta quinta-feira que não deu ao secretário de Obras Públicas durante seu governo, José López, as bolsas de dinheiro que este último supostamente tentou esconder em um convento na terça-feira passada, após o que foi detido.

"Eu quero saber quem são, além do engenheiro López (...), os responsáveis pelo que aconteceu", afirmou Cristina em seu perfil no Facebook, onde se referiu ao escândalo gerado depois que López foi flagrado pela polícia com bolsas que continham um total de US$ 8,9 milhões.

"O dinheiro que López tinha em seu poder foi dado por alguém. E não fui eu. Nem nenhum dos milhares de militantes que integram este espaço político. Quando alguém recebe dinheiro na função pública é porque outro o deu pela parte privada", comentou a ex-presidente.

A situação em torno da detenção de López despertou um forte escândalo em todo o país.

Outros membros da kirchnerista Frente para a Vitória (FPV) condenaram o comportamento de quem durante a gestão de Néstor Kirchner primeiro (2003-2007) e Cristina, sua esposa, depois, manejou numerosas verbas para obras públicas, sob a órbita do Ministério do Planejamento, com Julio de Vido no comando da pasta.

A ex-presidente iniciou sua mensagem assinalando que durante oito anos governou "para todos os argentinos", os que a queriam, os que a respeitavam e também para os que a agrediam e insultavam "como nunca se fez com nenhum presidente na história".

"Sei que ser mulher foi um agravante", considerou.

López foi levado hoje ao presídio da cidade de Ezeiza, na província de Buenos Aires, no meio de um forte dispositivo de segurança, após sair dos tribunais federais de Buenos Aires, onde se apresentou perante o juiz da causa iniciada há oito anos contra o ex-funcionário kirchnerista por suposto enriquecimento ilícito. 

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