A presidente da Argentina Cristina Kirchner: durante uma visita oficial ao Vaticano, Cristina contou ter recebido mensagens de ameaça (Enrique Marcarian/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2015 às 06h59.
A polícia e a justiça da Argentina investigam um novo suposto e-mail de ameaça contra a presidente, Cristina Kirchner, assinado pelo grupo jihadista Estado Islâmico, publicou neste domingo o jornal "Clarín".
A mensagem foi recebida em 26 de abril e nela, além da presidente argentina, também foram mencionados a presidente chilena, Michelle Bachelet, e o chefe da Polícia Federal argentina, Román Di Santo, segundo fontes oficiais consultadas pelo "Clarín".
"Satã KFK (Cristina Kirchner), Román Di Santo e agora Bachelet em substituição a Alberto Nisman, alvos diretos para dirigir países que se chocam com nossos objetivos; seja pertinente anotar que Di Santo esteve duas vezes perto de morrer, no entanto a ordem superior não chegou", diz o parágrafo central do e-mail.
Em setembro, durante uma visita oficial ao Vaticano, Cristina contou ter recebido mensagens de ameaça assinadas pelo "Estado Islâmico do Sul", devido à amizade com o papa Francisco e pela posição da Argentina, de reconhecimento tanto do Estado de Israel como da Palestina.
Posteriormente, a imprensa local divulgou informações que apontavam que a Secretaria de Inteligência, que depois entrou em conflito com o Executivo, investigava um empresário de origem tunisiana por seus contatos com o Estado Islâmico.
No entanto, Cristina desmentiu em público esta linha de investigação e pediu que não se "criem novelas", além de minimizar a importância da suposta ameaça jihadista contra si.