Cristinna: ela saiu vitoriosa nas primárias em relação ao candidato do presidente Mauricio Macri (Marcos Brindicci/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2017 às 06h48.
Última atualização em 16 de outubro de 2017 às 09h58.
A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner realiza nesta segunda-feira seu ato final de campanha. No Dia da Lealdade Peronista, ela reúne seus apoiadores no estádio de futebol do clube Racing, para o qual torcia seu marido, Nestor Kirchner e também ex-presidente do país.
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Cristina é candidata ao senado pela província de Buenos Aires, e saiu vitoriosa nas primárias em relação ao candidato do presidente Mauricio Macri.
Assim que acabarem as eleições, a serem realizadas no próximo domingo 22, a ex-presidente deverá prestar depoimento à Justiça, que a acusa de, em troca de acordos comerciais, ter acobertado iranianos que promoveram atentado à sede da Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos.
No início de outubro, a Justiça também começou a investigar o ex-vice de Cristina, Amado Boudou, acusado de subornos e negociações incompatíveis com o cargo, ao tentar comprar a única empresa do país que fabricava papel-moeda.
A própria realização do ato final de campanha levantou questionamentos sobre negociações indevidas — a gestão de Mauricio Macri questionou como se deu a cessão do estádio do Racing. Um diretor do clube afirmou que cederia o espaço gratuitamente, mas, em pronunciamento oficial, o Racing afirmou que o município de Avellaneda, onde se encontra a sede do clube, vai arcar com todas as despesas, que ficam em torno de 500.000 dólares. O prefeito do município é Jorge Ferraresi, apoiador de Cristina.
A duas semanas das eleições uma pesquisa de intenção de voto do instituto Poliarquía, para o jornal La Nación, mostrou o candidato do governo, Esteban Bullrich, com vantagem. Ele aparece com 37,7% das intenções, enquanto Cristina tem 35,2%.
Outras pesquisas realizadas também apresentaram vantagem para Bullrich. A província de Buenos Aires reúne 40% do eleitorado argentino e é fundamental para as pretensões de Cristina e da oposição num momento em que o governo Macri consegue melhores índices de aprovação com um início de recuperação da economia argentina. A semana será intensa na política argentina.