Mundo

Cristina Kirchner inaugura embaixada argentina em Brasília

Com a inauguração do novo edifício, a Argentina tem pela primera vez uma embaixada própria em Brasília

As presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante inauguração da embaixada (Agência Brasil)

As presidentas do Brasil, Dilma Rousseff, e da Argentina, Cristina Kirchner e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante inauguração da embaixada (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 19h53.

Brasília - A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, inaugurou nesta sexta-feira a nova sede da embaixada de seu país em Brasília, que por um capricho "geográfico" próprio da cidade ficou situada entre as legações de Chile, Uruguai e Venezuela.

O edifício inaugurado por Cristina está situado no Lote 12 da quadra 803 do Setor de Embaixadas Sul (SES), uma zona que os arquitetos Oscar Niemeyer e Lúcio Costa reservaram exclusivamente para representações diplomáticas no desenho original da cidade fundada em 1960.

Nos planos iniciais da urbe criada para substituir o Rio de Janeiro como capital do Brasil estava previsto também que os terrenos em que seriam construídos as embaixadas estrangeiras seriam doados pelo Governo brasileiro e distribuídos segundo a localização geográfica.

Esses planos foram cumpridos pela metade e a localização final das legações diplomáticas foi dada pelo SES e a Argentina manteve seus "limites" com Chile e Uruguai, mas também ganhou a Venezuela como vizinha.

Os caprichos da distribuição de embaixadas causou outros casos curiosos: a Espanha faz limite com o Peru, que por sua vez está muito próximo de Israel.

Com a inauguração do novo edifício, a Argentina tem pela primera vez uma embaixada própria em Brasília.

Nos tempos em que o Rio de Janeiro era a capital, a embaixada estava situada no Palácio Guinle, uma imponente mansão de dois andares na enseada de Botafogo com uma esplêndida vista para o Pão de Açúcar.

O palacete havia sido adquirido pelo Governo argentino no início do século XX, mas com a mudança da capital para Brasília foi vendido e depois demolido para dar lugar ao Centro Empresarial Rio, um conjunto de dois edifícios batizados como Argentina e Nove de Julho em referência à antiga embaixada.


No Edifício Argentina, que do Palácio Guinle manteve apenas uma dúzia de centenárias palmeiras imperiais, funcionam atualmente os escritórios do consulado argentino no Rio e também os de numerosas empresas estrangeiras, como a Agência Efe.

A nova sede diplomática de Brasília foi construída em um terreno de 2,5 hectares que o Governo brasileiro cedeu em 1968, oito anos depois da inauguração da capital.

No entanto, a decisão sobre a construção da embaixada foi tomada somente em 2004 pelo então presidente da Argentina Néstor Kirchner, falecido no ano passado e cuja viúva inaugurou nesta sexta-feira o prédio como chefe de Estado.

O edifício, de dois andares, tem uma área construída de quatro mil metros quadrados e sua fachada principal está coberta parcialmente por uma colunata de 20 grandes pilares em um amplo pátio central que inclui um grande espelho de água, necessário para combater a baixíssima umidade do ar de Brasília.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaBrasíliacidades-brasileirasCristina KirchnerDiplomaciaGoverno DilmaPolíticos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru