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Cristina Kirchner avisa que não será candidata em 2015

A presidente desmentiu o deputado Carlos Kunkel, que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa"


	Cristina Kirchner: caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, ela terá que esperar até as eleições de 2019
 (REUTERS/Eduardo Munoz)

Cristina Kirchner: caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, ela terá que esperar até as eleições de 2019 (REUTERS/Eduardo Munoz)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 12h00.

Buenos Aires - A presidente Cristina Kirchner, por intermédio da agência estatal de notícias "Télam", anunciou nesta quinta-feira que não será candidata a nenhum cargo eletivo em 2015, ano em que termina seu segundo mandato presidencial.

Desta forma, a presidente Cristina desmentiu o deputado Carlos Kunkel, um dos representantes da ala definida "ultrakirchnerista" (o setor mais radical dentro do kirchnerismo), que horas antes havia declarado que "em 2015 Cristina Kirchner fará política e será candidata a alguma coisa".

"O que acontece é que o Carlos (Kunkel) gosta muito de mim", explicou a presidente Cristina, que também afirmou, em terceira pessoa, que "não existe possibilidade alguma de 'Cristina 2015' para cargo eletivo nenhum".

Kunkel conhece o casal Kirchner desde que eram jovens estudantes de direito na Universidade de La Plata. Na época, era chefe de Néstor e Cristina no movimento estudantil peronista. Quatro décadas depois, é um de seus mais fiéis parlamentares.

Sucessão - Cristina foi eleita presidente em 2007, sucedendo seu marido, Néstor Kirchner (1950-2010), e reeleita em 2011. A Constituição argentina proíbe duas reeleições presidenciais consecutivas.

Portanto, caso pretenda ocupar novamente o palácio presidencial da Casa Rosada, terá que esperar até as eleições de 2019.

Kunkel e a deputada Diana Conti tentaram emplacar entre o fim de 2011 e meados deste ano o plano denominado "Cristina Eterna", com o qual pretendiam implementar uma reforma da Constituição para permitir reeleições indefinidas. No entanto, o plano teve de ser arquivado, já que nas eleições parlamentares de outubro passado o governo conseguiu manter apenas uma leve maioria no Congresso Nacional. Para fazer uma reforma da Carta Magna, são necessários dois terços do Parlamento.

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