Cristina Kirchner: "Agora, o governo também se dedica a perseguir e atacar os que já não estão aqui e não podem se defender" (Marcos Brindicci / Reuters)
Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2016 às 17h11.
Buenos Aires - A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner (2007-2015) acusou neste sábado o novo governo do país de perseguir e atacar pessoas que já morreram, em referência a seu marido, o também ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007).
"Como o desastre gerado pelo governo cada vez é maior, para tentar cobri-lo não basta me perseguir. Agora, o governo também se dedica a perseguir e atacar os que já não estão aqui e não podem se defender", escreveu Cristina em sua conta oficial no Twitter.
Junto à mensagem, a ex-presidente publicou uma foto da capa do jornal "La Nación", que dá destaque à notícia do bloqueio dos bens da herança de Néstor Kichner, morto em 2010, feito pela Unidade de Informação Financeira do país.
Além disso, a UIF pediu a designação de um administrador até que a situação judicial de Cristiana e seus filhos seja resolvida, em um caso que investiga supostas irregularidades em uma empresa do setor hoteleiro, Hotesur, que a ex-presidente tem participação.
O caso Hotesur foi aberto depois de uma denúncia apresentada em novembro de 2014 pela deputada Margarita Stolbizer, que acusou Cristina e outros membros do governo pelos crimes de violação dos deveres de funcionários públicos e abuso de autoridade na gestão.
Stolbizer afirmava que o Hotel Alto Calafate, um estabelecimento de luxo situado na vila turística do Calafate, seria um "alojamento fantasma" usado pelo casal Kirchner para fazer negócios irregulares junto ao empresário Lázaro Baez.
Em julho, a Justiça embargou US$ 5,7 milhões das contas da filha de Cristina, um dinheiro que a jovem alegou vir da herança do pai e da cessão de lucros efetuados por sua mãe.