Presidente egípcio Mohamed Mursi: ele trocou nove ministérios de seu governo antes de vir ao Brasil (REUTERS)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 09h45.
Brasília – A instabilidade política e social em vários países muçulmanos deve ser um dos temas da conversa hoje (8) da presidente Dilma Rousseff com o presidente do Egito, Mouhamed Mursi.
A crise na Síria, que dura mais de dois anos e resultou na morte de cerca de 70 mil pessoas, a busca pela democracia em países como a Tunísia, o Iêmen e o Mali, entre outros temas, estão entre as preocupações da comunidade internacional, e as autoridades egípcias costumam assumir um papel de relevância nos debates.
O emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto, lembrou à Agência Brasil que a preocupação do governo brasileiro é com a preservação e o respeito dos direitos humanos e o fim das violações atribuídas aos líderes apontados como autoritários.
“O Brasil tem se destacado no cenário internacional e o Egito é hoje uma democracia com a existência, inclusive, de oposição. Paralelamente, o Egito exerce uma grande força entre os países árabes por um conjunto de ações, como a imprensa livre e uma grande produção cinematográfica, de novelas e música”, ressaltou o embaixador.
Dilma e Mursi devem conversar sobre a situação da Síria, onde há indícios de uso de armas químicas contra civis. A Organização das Nações Unidas (ONU) investiga a suspeita.
Na Tunísia, o governo tenta consolidar uma democracia. O ex-presidente Zine El Abidine Ben Ali, refugiado na Arábia Saudita, foi julgado à revelia por crimes de sonegação fiscal e violações.
No Iêmen, a instabilidade política ainda persiste mesmo depois da renúncia do então presidente Ali Abdullah Saleh, denunciado por abusos no poder.
No Mali, as autoridades tentam vencer os grupos de radicais muçulmanos que pressionam para assumir o poder. Forças internacionais, lideradas pela França, apoiam o governo do Mali em busca da estabilidade.