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Da Redação
Publicado em 3 de março de 2014 às 15h53.
Washington - A delegação oficial americana dos Jogos Paralímpicos de Inverno não viajará para Sochi, na Rússia, em protesto pela ocupação da península ucraniana da Crimeia, informou nesta segunda-feira a Casa Branca.
"Como medida adicional às que estamos tomando em resposta à situação na Ucrânia, os Estados Unidos não mandarão uma delegação presidencial aos Jogos Paralímpicos de Inverno em Sochi", afirmou hoje em comunicado a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden.
A Casa Branca disse que o presidente Barack Obama segue apoiando os atletas que participarão das competições, que começarão nesta sexta-feira em Sochi, a pouca distância da Crimeia, foco de tensão entre o governo interino da Ucrânia e a Rússia.
Da mesma forma que Estados Unidos, o Reino Unido decidiu suspender a viagem de membros de sua delegação oficial a Sochi, como demonstração de rejeição pela ocupação militar russa do Crimeia, uma região autônoma com fortes vínculos com Moscou e lar da frota russa do Mar Negro.
O governo americano assegurou que as relações bilaterais com a Rússia se verão fortemente afetadas se Moscou seguir mantendo o controle militar da Crimeia, algo que considera uma violação das leis internacionais e da integridade territorial da Ucrânia.
Por sua parte, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, disse hoje ao jornal local "Cincinatti Enquirer" que o presidente russo, Vladimir Putin, é "um pistoleiro" e recomendou sanções econômicas conjuntas com a União Europeia contra a Rússia.
O poder na Ucrânia está atualmente nas mãos de um governo interino presidido por Aleksandr Turchinov desde que uma revolta civil conseguiu derrubar o líder anterior, o pró-russo Viktor Yanukovich, no último dia 22 de fevereiro.