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Crise migratória leva representante da Alemanha a renunciar

A renúncia de chefe do escritório de refugiados deve aumentar a pressão sobre seu chefe, o ministro do Interior, Thomas de Maizière


	Refugiados aguardam para receber assistência social em Berlim, Alemanha: a renúncia de Schmidt deve aumentar a pressão sobre seu chefe
 (Tobias Schwarz/AFP)

Refugiados aguardam para receber assistência social em Berlim, Alemanha: a renúncia de Schmidt deve aumentar a pressão sobre seu chefe (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 10h59.

Berlim - O chefe do escritório de refugiados da Alemanha, criticado pelo modo como lidou com o número recorde de requerentes de asilo no país, pediu demissão, informou o Ministério do Interior nesta quinta-feira.

A saída de Manfred Schmidt, por motivos pessoais, ocorre no momento em que o número de refugiados que entram Alemanha dobrou em 24 horas e os controles foram ampliados para abranger a fronteira com a República Tcheca.

A renúncia de Schmidt deve aumentar a pressão sobre seu chefe, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, que está sob pressão porque os funcionários têm sido lentos para processar o fluxo de refugiados.

"O ministro do Interior lamenta a perda do diretor de um órgão que realizou um excelente trabalho", disse um comunicado.

"O Instituto de Migração e Refugiados está em foco na situação política atual. O número dramaticamente crescente de requerentes de asilo na Alemanha impõe enormes desafios para o escritório, bem como para os Estados e municípios da Alemanha."

A decisão do órgão, em agosto, de alterar as suas orientações para permitir a entrada de refugiados sírios na Alemanha, independentemente do local por onde eles ingressaram na UE, tem sido amplamente vista como o fator que desencadeou o afluxo de dezenas de milhares de requerentes de asilo nas últimas semanas.

A polícia disse que a Alemanha estendeu seus controles fronteiriços para seus limites com a República Checa para deter a ação de traficantes de seres humanos e lidar com um número crescente de requerentes de asilo.

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