Homen armado, tido como soldado russo, monta guarda perto de uma pista de pouso na aldeia de Lyubimovka, na Crimeia, Ucrânia (Vasily Fedosenko/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 08h59.
Kiev - O Conselho Superior (Parlamento regional) da Crimeia aprovou uma declaração de independência da Ucrânia e reiterou seu desejo de se incorporar à Rússia.
A resolução, que entraria em vigor logo após ser aprovada, foi apoiada por 78 dos 100 deputados do Parlamento da rebelde região autônoma ucraniana, segundo revelou um porta-voz do legislativo para a agência russa 'RIA Novosti'.
'Crimeia, como um Estado independente, se dirigirá à Federação da Rússia depois do referendo (sobre a reunificação com esse país) para propor a integração à Rússia na qualidade de um sujeito federado', explicou o porta-voz.
O documento aprovada pelo Conselho Supremo da Crimeia faz referência ao precedente do Kosovo para justificar sua decisão unilateral.
A decisão, segundo o parlamento crimeano, levou 'em consideração a confirmação do tribunal internacional da ONU em relação ao Kosovo, de 22 de julho de 2010, segundo a qual a declaração unilateral da independência de uma parte de um Estado não viola as normas do direito internacional'.
A declaração diz que a independência da Crimeia deverá ser referendada na votação popular convocada para domingo, consulta declarada ilegal pelo governo central da Ucrânia.
Os crimeanos foram convocados às urnas para responder duas perguntas: 'Você é a favor da reunificação da Crimeia com a Rússia' e 'Você é a favor que se volte a colocar em vigor a Constituição da Crimeia de 1992 e do status da Crimeia como parte da Ucrânia?'.
A Crimeia, península banhada pelo Mar Negro, tem dois milhões de habitantes, dois quais 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros.
*Atualizada às 08h59 do dia 11/03/2014