Os especialistas advertem que o iodo radioativo liberado pela usina durante os acidentes nucleares poderá se acumular nas glândulas tiroideas das crianças e aumentar os ricos de câncer (AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2012 às 09h28.
Brasília - Aproximadamente 38 mil crianças e adolescentes que vivem na região de Fukushima, no Norte do Japão, foram submetidas a testes para verificação do funcionamento da tiroide. Em 36% das crianças examinadas foram identificados nódulos, porém não houve confirmação de tumor maligno. Mais de 52 mil pessoas ainda estão fora de suas casas em um raio de 20 quilômetros ao redor da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, desde os acidentes de 2011.
As autoridades decidiram pelos testes, depois de verificar que algumas crianças de províncias vizinhas à Usina de Fukushima Daiichi foram detectadas com nódulos na tiroide. Mas o governo de Fukushima desconsidera a possibilidade de adotar medidas adicionais.
Os especialistas advertem que o iodo radioativo liberado pela usina durante os acidentes nucleares poderá se acumular nas glândulas tiroideas das crianças e aumentar os ricos de câncer. Em março de 2011, a região de Fukushima foi atingida por tsunami, depois de terremoto, que causou vazamentos e explosões radioativas. Desde então, o Japão está em alerta e redobrou os cuidados com a energia nuclear.
Em março de 2013, serão realizados novos testes em 4,5 mil crianças e adolescentes, em três províncias vizinhas de Fukushima. O governo espera assim aliviar a preocupação dos japoneses e detetar eventuais efeitos da radiação libertada pela central nuclear sobre as crianças. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.