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Crescem questionamentos sobre cativeiro de mulheres nos EUA

Euforia do resgate cedeu lugar para as dúvidas de como ficado tanto tempo sem serem notadas dentro de uma casa de uma rua residencial em Cleveland

Cartaz de pessoa desaparecida mostra a foto de Amanda Berry, uma das três mulheres libertadas após quase 10 anos de cativeiro, em frente a casa de sua irmã (John Gress/Reuters)

Cartaz de pessoa desaparecida mostra a foto de Amanda Berry, uma das três mulheres libertadas após quase 10 anos de cativeiro, em frente a casa de sua irmã (John Gress/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2013 às 10h16.

Cleveland - A euforia com o resgate de três mulheres que passaram cerca de uma década desaparecidas está cedendo lugar a questionamentos sobre o fato de elas terem ficado tanto tempo sem serem notadas dentro de uma casa de uma rua residencial em Cleveland.

As mulheres, libertadas após alerta de um vizinho que escutou gritos de socorro, se mantiveram em resguardo com suas famílias na terça-feira, sob proteção do FBI, enquanto investigadores vasculhavam a casa em busca de provas contra os supostos sequestradores.

Três irmãos foram presos na noite de segunda-feira, logo depois da fuga das mulheres. Acredita-se que um dos suspeitos, o ex-motorista de ônibus escolar Ariel Castro, vivesse sozinho na casa, que lhe pertencia.

O prefeito de Cleveland, Frank Johnson, confirmou na terça-feira que autoridades de proteção da infância foram até a casa em 2004 porque Castro teria deixado uma criança dentro do seu ônibus enquanto almoçava em uma lanchonete. O inquérito subsequente não apontou intenção criminal no incidente, segundo autoridades.

Johnson, por outro lado, negou relatos de vários vizinho que disseram ter chamado a polícia em algumas ocasiões por causa de atividades suspeitas no modesto sobrado de Castro.

Foram libertadas Amanda Berry, de 27 anos, desaparecida desde 2003; Gina DeJesus, de 23, que sumira em 2004; e Michelle Knight, de 32, que havia desaparecido em 2002. Foi encontrada também uma menina de 6 anos, que segundo a polícia é filha de Berry, concebida e nascida em cativeiro.

A polícia ainda não informou qual foi o papel de cada suspeito no caso, mas Berry citou Ariel Castro no desesperado telefonema que fez ao 911 (serviço de emergência) quando estava tentando escapar. Ela conseguiu fazer essa ligação depois que um vizinho, escutando gritos dela, arrombou a porta da casa.

Ariel Castro, demitido em novembro da escola onde trabalhava, sob a alegação de "mau julgamento", foi detido quase imediatamente. Seus irmãos Pedro e Onil foram levados sob custódia pouco depois.

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