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Cresce oposição às usinas nucleares, diz estudo

No Brasil, 79% dos entrevistados se opõem ao modelo; pesquisa foi feita em 23 países

Os países que tiveram os maiores índices de rejeição foram França, Japão, Brasil, Alemanha, México e Rússia (Yoshikazu Tsuno/AFP)

Os países que tiveram os maiores índices de rejeição foram França, Japão, Brasil, Alemanha, México e Rússia (Yoshikazu Tsuno/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2011 às 14h54.

São Paulo - Uma pesquisa feita em 23 países, a pedido da BBC, revelou que após o desastre na Usina Nuclear de Fukushima, no Japão, a população mundial tem tido mais receio quanto à produção de energia atômica. No Brasil, 79% dos entrevistados se opõem ao modelo.

A falta de segurança é o fato que mais amedronta. Entre os brasileiros, apenas 16% dos participantes disseram que o modelo é seguro e apoiaram a construção de novas usinas nucleares. Em contrapartida, 44% das pessoas acreditam que elas sejam perigosas, por isso, devam ser fechadas o mais rápido possível.

Ao comparar os resultados deste ano, com os de 2005, conclui-se que a oposição à energia atômica cresceu muito e o acidente nuclear de Fukushima colaborou para este aumento. Os países que tiveram os maiores índices de rejeição foram França, Japão, Brasil, Alemanha, México e Rússia.

Mesmo assim, China, Estados Unidos e Grã-Bretanha apresentaram altos percentuais de pessoas a favor da energia nuclear e que consideram o modelo seguro. Os números nestas nações foram de 42%, 39% e 37% respectivamente.

“A falta de impacto que o desastre nuclear de Fukushima teve na opinião pública nos EUA e na Grã-Bretanha é digna de nota e contrasta com a crescente oposição às usinas nucleares novas na maioria dos países que acompanhamos desde 2005”, declarou Doug Miller, presidente da empresa de pesquisas GlobeScan.

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