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Crédito imobiliário dispara na Argentina com queda da inflação

Bancos devem liberar US$ 3 bilhões em 2025, crescimento de 260%

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 20 de fevereiro de 2025 às 08h52.

Os bancos na Argentina devem conceder cerca de US$ 3 bilhões em crédito imobiliário em 2025, um crescimento de 260% em relação ao ano anterior, segundo a consultoria Empiria. A retomada do setor reflete a desaceleração da inflação e a queda dos juros no governo de Javier Milei, tornando o financiamento habitacional mais viável.

A inflação, que chegou a 25% ao mês, caiu para 2%, enquanto os juros recuaram de 133% para 29%. O último boom do setor ocorreu entre 2016 e 2018, mas foi interrompido pela desvalorização do peso e pelos controles cambiais. "O financiamento imobiliário ressurgiu porque há maior previsibilidade macroeconômica", disse a Associação de Bancos Argentinos (Adeba) à Bloomberg.

Apesar do crescimento, o crédito é limitado a trabalhadores formais, excluindo quase metade da força de trabalho. Os financiamentos atrelados à inflação podem encarecer as parcelas se os preços voltarem a subir.

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