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CPI analisa pedido para adiar depoimento de Cachoeira

Comissão avalia hoje o pedido do advogado de adiar seu depoimento, previsto para a semana que vem, dia 15

Marcio Thomas Bastos, advogado do contraventor, alegou que "não é adequado" seu cliente depor sem ter tido acesso aos documentos das operações Vegas e Monte Carlo (Heloisa Bortz/Veja São Paulo)

Marcio Thomas Bastos, advogado do contraventor, alegou que "não é adequado" seu cliente depor sem ter tido acesso aos documentos das operações Vegas e Monte Carlo (Heloisa Bortz/Veja São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 20h21.

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira deverá analisar nesta terça se acata ou não o pedido do advogado do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de adiar seu depoimento, previsto para a semana que vem, dia 15. Em reunião nesta segunda à tarde com o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), Marcio Thomas Bastos, advogado do contraventor, alegou que "não é adequado" seu cliente depor sem ter tido acesso aos documentos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

"Sem ele (Cachoeira) ter acesso aos documentos é muito difícil ele depor", disse Thomas Bastos, que não vê como preparar seu cliente para o depoimento."Ele (Cachoeira) pode se refugiar no direito de não falar", alertou o advogado. Com o pedido de adiamento, o advogado quer ganhar tempo até que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgue um habeas corpus impetrado pela defesa para que Cachoeira seja solto. O pedido deverá ser apreciado na próxima terça-feira, dia 15, mesmo dia previsto para o depoimento de Cachoeira à CPI.

Hoje foi o primeiro dia em que os integrantes da CPI tiveram acesso aos documentos com os inquéritos do caso Cachoeira. Parte da documentação - um disco rígido com a ação penal e o monitoramento telefônico em sete CDs e DVDs - referente à Operação Monte Carlos só foi entregue nesta segunda à tarde. A oposição vai apresentar nesta terça requerimento para acabar com o sigilo dos documentos. "Mas só o Supremo é que pode tirar o caráter sigiloso da documentação", disse o presidente Vital do Rêgo, que determinou a instalação de mais computadores (ao todo, 10) na sala da CPI para que parlamentares possam acessar os documentos.

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