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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
São Paulo - A CPFL Energia levará projetos remanescentes de licitação realizada em dezembro passado ao leilão de energias renováveis da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previsto para agosto.
Segundo o presidente da empresa, Wilson Ferreira Jr., todos os projetos da CPFL para o próximo leilão serão na área de energia eólica.
"Nós temos alguns parques que já tínhamos (antes de dezembro), mas não colocamos todos, agora vamos aproveitar este leilão", disse o executivo na noite de segunda-feira em evento promovido pela revista Exame.
Previsto para 19 de agosto, o leilão de fontes alternativas tem 517 empreendimentos interessados em participar. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), todos os projetos representam 15.774 megawatts (MW) de capacidade instalada, sendo 11.214 MW referentes a 425 usinas eólicas. Outras 24 pequenas centrais hidrelétricas correspondem a 390 MW, além de 68 usinas de biomassa --como bagaço de cana-de-açúcar e resíduos de madeira-- representando 4.170 MW.
No leilão anterior, em dezembro de 2009, a CPFL comercializou seus 76 megawatts (MW) médios de energia eólica ofertados, ao preço de 150 reais por megawatt-hora (MWh). O parque eólico no Rio Grande do Norte entrará em operação em 2012.
"O nosso interesse de crescimento é em energia renovável... Nós queremos liderar essa agenda", disse Ferreira Jr., que afirmou ainda que a CPFL deverá gerar, em 2015, 5 mil megawatts de energia, entre as fontes hidrelétrica, eólica e biomassa.
No final de 2009, a empresa tinha capacidade de geração de 1.737 MW, a maioria hidrelétrica, de acordo com informações no demonstrativo de resultado da CPFL.
Além do leilão de reserva de energia renovável do próximo mês, o presidente da CPFL reafirmou o interesse em licitações de geração hidrelétrica que devem ocorrer ainda em 2010.
Sobre possíveis aquisições, Ferreira Jr. disse que "quando as oportunidades aparecerem, com certeza nós estudaremos".
"A CPFL é uma companhia que pela sua capacidade financeira, pelo seu acesso ao capital, tem que estar atenta. É isso que permite a ela adquirir uma companhia, desde uma pequena até uma grande e criar valor", disse o executivo. "Se for necessário um aumento de capital, se ela tiver uma história, se for necessário para uma aquisição, ela o fará", afirmou Ferreira Jr., sem dar mais detalhes.