Simone Gbagbo, esposa do ex-presidente Laurent Gbagbo: crimes contra a humanidade teriam ocorrido em violência pós-eleitoral de 2010-2011 (Aristide Bodegla/AFP)
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 13h37.
Abidjan - As autoridades da Costa do Marfim anunciaram nesta sexta-feira que não transferirão ao Tribunal Penal Internacional de Haia Simone Gbagbo, a esposa do ex-presidente Laurent Gbagbo, acusada, assim como seu marido, de crimes contra a humanidade após a violência pós-eleitoral de 2010-2011.
O Conselho de Ministros, em reunião extraordinária, "decidiu apresentar um pedido de inadmissibilidade e de dispensa da execução do mandado de prisão emitido no dia 29 de fevereiro de 2012 sobre a transferência de Simone Gbagbo a Haia", afirma um comunicado do governo.
"Esta decisão do conselho tem como objetivo que a senhora Gbagbo seja julgada na Costa do Marfim", acrescenta o texto.
Simone Gbagbo está detida no norte da Costa do Marfim desde abril de 2011. As autoridades do país entregaram no fim de 2011 Laurent Gbagbo ao Tribunal Penal Internacional (TPI).