Presidente americano Donald Trump (Carlos Barria/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de maio de 2017 às 16h20.
Última atualização em 25 de maio de 2017 às 16h39.
Washington - Um tribunal de apelações sediado na Virgínia rejeitou nesta quinta-feira o pedido do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que volte a vigorar um decreto revisado de Trump sobre a imigração.
Na avaliação da corte, o presidente deve ter agido com motivações impróprias ao tentar barrar temporariamente a entrada no país de viajantes de seis países de maioria muçulmana.
"Nós avaliamos que o observador razoável iria concluir que o propósito primário é excluir pessoas dos Estados Unidos com base em suas crenças religiosas", afirmou o juiz Roger Gregory.
A decisão é mais uma de uma série de derrotas jurídicas para a Casa Branca. Com ela, o governo pode recorrer à Suprema Corte.
Caso esta intervenha no assunto, esse se tornaria um teste importante do poder presidencial, menos de um ano após a posse.
A decisão do Quarto Circuito judicial validou a decisão do juiz de Maryland que em março impediu que o presidente implementasse uma proibição de 90 dias da chegada de pessoas de Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
Trump disse que as restrições, firmada em 6 de março, seriam necessárias para proteger o país de ameaças terroristas.
Já as contestações ao decreto alegavam que o presidente tentava fazer valer declarações de campanha sobre barrar muçulmanos.