Ex-presidente egípcio Hosni Mubarak: hoje ele tem 87 anos (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2015 às 10h37.
Cairo, 9 mai (EFE).- O ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, e seus dois filhos Alaa e Gamal foram condenados neste sábado a três anos de prisão na repetição do julgamento por apropriação ilegal de fundos públicos destinados as despesas do palácio presidencial.
O juiz Hassan Hasanein também ordenou o pagamento de uma multa conjunta de 125 milhões de libras egípcias (R$ 595.050.000), a mesma quantidade da qual os três eram acusados de ter se apropriado indevidamente.
Mubarak, de 87 anos, está preso desde 2012 e passou a maior parte do tempo sob vigilância no Hospital das Forças Armadas de Maadi, devido ao seu deteriorado estado de saúde. O ex-presidente foi levado à Academia de Polícia do Cairo em um helicóptero hospitalar, como foi habitual em todas as sessões judiciais realizadas contra ele nos últimos quatro anos, informou à Agência Efe uma fonte de segurança.
Sentado, Mubarak escutou a sentença, enquanto cumprimentava seus simpatizantes presentes na sala, que pediam sua absolvição. Enquanto isso, Alaa e Gamal chegaram às dependências policiais em um veículo particular, vestidos como civis em vez do uniforme de preso, já que estavam em liberdade, e escutaram o veredicto por trás das grades.
Ambos foram libertados em 23 de janeiro por ordem do Tribunal Penal do Cairo, após ficarem detidos desde o começo de 2011, quando explodiu a revolta popular que forçou a renúncia de seu pai.
O promotor acusou Mubarak, na qualidade de servidor público como presidente do país, e seus dois filhos de apropriação indevida do orçamento geral dos palácios presidenciais, entre os anos 2002 e 2011. A repetição do julgamento ocorre depois que, em janeiro, o Tribunal de Cassação anulou a sentença anterior da Corte Penal, que condenava Mubarak a três anos de prisão e seus filhos a quatro anos cada um, ao considerar que na audiência não foram respeitados os procedimentos legais oportunos. EFE