Mundo

Corte do Bahrein suspende principal partido da oposição

Corte Suprema Administrativa do país decretou a suspensão das atividades do principal grupo de oposição por 3 meses


	Protesto no Bahrein: corte tomou decisão por acreditar que grupo opositor não cumpre legislação
 (James Lawler Duggan/AFP)

Protesto no Bahrein: corte tomou decisão por acreditar que grupo opositor não cumpre legislação (James Lawler Duggan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h17.

Manama - A Corte Suprema Administrativa do Bahrein decretou nesta terça-feira a suspensão durante três meses das atividades do partido xiita Al Wefaq, principal grupo de oposição, que esteve envolvido nos protestos contra o regime e a favor da introdução de reformas democráticas.

Segundo informaram à Agência Efe fontes do grupo xiita e testemunhas presentes na audiência, a corte tomou essa decisão porque considera que o Al Wefaq não cumpre a legislação estatal que regula os partidos políticos.

O veredito exigiu que o grupo corrija seu status e atenda à legislação, depois de o Ministério da Justiça do Bahein acusar o Al Wefaq de não ser transparente e realizar uma assembleia geral inapropriada.

O Ministério da Justiça apresentou duas denúncias, uma contra o Wefaq e outra contra o Waad, partido esquerdista e segundo maior da oposição, por não cumprir a legislação.

O Waad é acusado também de manter como líder Ibrahim Sharif, condenado a cinco anos de prisão por ter atuado nos protestos realizados em 2011. No entanto, o partido elegeu recentemente um novo secretário-geral e a decisão sobre o caso foi adiada para 9 de novembro.

O regime bareinita tenta forçar a oposição a chegar a um acordo e pôr fim aos protestos, pressionando na Justiça alguns de seus dirigentes.

A decisão de hoje também é vista como uma tentativa de pressionar o Al Wefaq a participar das próximas eleições parlamentares e municipais, previstas para dia 22 de novembro, após os opositores anunciarem o boicote.

Os protestos para exigir reformas democráticas e mais liberdades começaram em fevereiro de 2011, no marco da primavera árabe, e são liderados pela maioria xiita.

A monarquia sunita governante reprimiu as manifestações, nas quais morreram mais de 160 civis, e deteve milhares de pessoas, entre elas dirigentes da oposição e defensores de direitos humanos.

Acompanhe tudo sobre:BahreinOposição políticaProtestosProtestos no mundo

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru