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Corrupção favorece surgimento de grupos como EI, diz organização

Segundo um diagnóstico da Transparência Internacional, os movimentos radicais prosperam quando as pessoas perdem a confiança em quem ostenta poder

EI: a Transparência enfatiza que os grupos citados se servem da corrupção para recrutar (Muhammad Hamed/Reuters)

EI: a Transparência enfatiza que os grupos citados se servem da corrupção para recrutar (Muhammad Hamed/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 13h16.

Os governos ocidentais precisam lutar contra a corrupção que favoreceu o surgimento, no Iraque, na Líbia e na Nigéria, de movimentos radicais como o Estado Islâmico ou Boko Haram, segundo o diagnóstico da organização Transparência Internacional.

"Os movimentos radicais como o grupo Estado Islâmico prosperam quando as pessoas perdem toda a confiança em que ostenta o poder, quando os dirigentes se aproveitam da miséria da maioria, quando a polícia explora mais que protege e quando as oportunidades econômicas são para uma minoria", enfatizou a organização em um relatório de sua divisão britânica difundido nesta terça feira e intitulado "A grande virada: a corrupção e a emergência doextremismo violento".

A Transparência enfatiza que os grupos citados se servem da corrupção para recrutar, apresentando-se como garantia de pureza ante autoridades corruptas.

"Lutar contra a corrupção deveria ser a prioridade número um", afirma o documento, sugerindo que "há medidas prática que podem ser tomadas diplomaticamente como negar vistos ou o congelamento de bens para começar a tratar a corrupção das elites".

"Os governos ocidentais têm de reconsiderar profundamente suas relações com os Kadhafi, os Assad e os Maliki futuros", afirma o texto, referindo-se aos líderes da Líbia, Síria e Iraque.

"Muitos governos ocidentais preferem tentar influenciar ou moderar o comportamento dos autócratas corruptos porque o consideram uma alternativa à instabilidade", contatou a Transparência Internacional.

"Mas, no final, os governos corruptos colocam os fundamentos de futuras crises de segurança".

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