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Correios dos EUA deixam de receber pacotes da China; medida afeta a Shein

A suspensão temporária irá afetar a recepção de remessas de varejistas online como Shein e Temu

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 09h08.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 09h08.

Os Correios dos Estados Unidos suspenderam temporariamente a recepção de pacotes internacionais enviados da China, o que pode impactar o envio de remessas de lojas de comércio eletrônico, como Shein e AliExpress. Segundo o serviço, cartas e correspondências simples não serão afetadas pela medida.

O congelamento dos pacotes impõe um novo desafio para as varejistas de atuação global. Após o anúncio, ações de varejistas chinesas registraram quedas nos mercados asiáticos. Os papéis da Alibaba caíram mais de 2% em Hong Kong, enquanto os da JD.com chegaram a cair mais de 5%.

O impacto da decisão pode não ser tão grande hoje, já que essas empresas, nos últimos anos, têm reduzido sua dependência dos Correios dos EUA para transportar envios internacionais.

O volume de correspondências internacionais processadas pelo Correio americano caiu para menos de 200 milhões de unidades em 2022, ante mais de 600 milhões em 2017, conforme um relatório de 2024 do governo dos EUA.

Embora ainda não se saiba o que motivou a decisão americana, a medida foi anunciada logo após o presidente Donald Trump revogar a regra que permitia que pacotes pequenos, de até US$ 800, entrassem nos EUA sem tarifas. A decisão faz parte de um novo pacote de tarifas impostas a produtos chineses.

Analistas ouvidos pela Bloomberg acreditam que essa revogação da isenção fiscal para pacotes pequenos será desafiadora para o Serviço Postal americano. "Em 2024, havia 4 milhões desses pacotes por dia, é difícil inspecionar todos eles”, disse Chelsey Tam, analista sênior da Morningstar, em entrevista à agência.

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