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Correa pede união regional contra especulação financeira

Equatoriano pediu união após caso argentino, de quem fundos de dívida não reestruturada reivindicam US$ 1,3 bilhão mais juros


	O presidente do Equador, Rafael Correa, durante entrevista coletiva em Quito
 (JUAN CEVALLOS/AFP)

O presidente do Equador, Rafael Correa, durante entrevista coletiva em Quito (JUAN CEVALLOS/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 23h24.

Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, reivindicou nesta terça-feira uma maior integração latino-americana para encarar a especulação financeira que, segundo sua opinião, ameaça à região e, especialmente, à Argentina, de quem fundos de dívida não reestruturada reivindicam US$ 1,3 bilhão mais juros.

"Toda nossa solidariedade para a Argentina, todo nosso apoio. Eu acho que não deveria pagar e unidos, com uma ação arranjada da América Latina, isso poderia ser evitado", comentou Correa, embora tenha ressaltado que a região ainda "está longe dessa capacidade de coordenação".

Correa lamentou, além disso, que a integração regional não esteja no nível necessário para dar uma resposta a uma ação que só favorece aos especuladores financeiros.

"O mundo está de pernas para o ar e por isso digo que a ordem mundial não é só injusta, mas imoral", acrescentou o presidente em um diálogo com jornalistas na cidade portuária de Guayaquil.

O juiz americano Thomas Griesa ordenou à Argentina a pagar com dinheiro a soma reivindicada por credores que não aceitaram as trocas de dívida soberana após a moratória de 2001.

Agora o mesmo juiz tem a palavra após o pedido do Executivo argentino para que estabeleça medidas que lhe permitam pagar aos credores com dívida reestruturada e seguir negociando.

Correa assegurou que seu país não corre esse risco, já que em uma operação efetuada entre 2007 e 2008 retirou quase a totalidade de bônus com credores privados.

Além disso, propôs "um tribunal internacional de dívida ecológica" para que se veja "quem deve a quem" quanto a passivos ambientais.

No entanto, admitiu que suas propostas devem passar por um alto grau de integração regional, já que "tudo isto é questão de poder e, lamentavelmente, os mais poderosos são eles".

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