A presidente Dilma Rousseff e o presidente do Equador, Rafael Correa: "Temos que ver muito bem qual seria o impacto disso na economia equatoriana", apontou (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 17h13.
Brasília - O presidente do Equador, Rafael Correa, ratificou nesta sexta-feira em Brasília o interesse de seu país de fazer parte do Mercosul como membro pleno, mas admitiu que a falta de uma moeda nacional dificulta a concretização de um possível acordo.
"Para um país que não tem moeda nacional, a política comercial é a única coisa que falta para corrigir potenciais problemas no setor externo e no balanço de pagamentos e isso limita quando se fala desses acordos", declarou Correa aos jornalistas no marco da XLIV Cúpula do Mercosul.
O Equador adotou o dólar como moeda no ano 2000, algo que Correa sempre qualificou como um "erro", embora nos seis anos no poder manteve essa decisão.
O presidente equatoriano explicou, além disso, que no caso de seu país, para se transfomrar em membro pleno do Mercosul e se adequar às normas do bloco, deveria elevar cerca de 4 mil tarifas e reduzir ao redor de 2 mil.
"Temos que ver muito bem qual seria o impacto disso na economia equatoriana", apontou.
Correa disse que alguns estudos sobre o tema estão em andamento e que em função de seus resultados, tomará uma decisão "definitiva", mas insistiu que o Equador está "muito interessado" em se transformar em membro pleno do bloco que é integrado por Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela e Paraguai, este último temporariamente suspenso.
Na cúpula realizada em Brasília, espera-se que a Bolívia formalize seus interesse em iniciar uma negociação formal para seu ingresso como membro pleno do bloco, que assim como o Equador, pertence ao grupo em qualidade de Estado associado.
Bolívia e Equador formam junto com a Colômbia e o Peru a Comunidade Andina, bloco do qual a Venezuela saiu em 2006 para faz parte do Mercosul, ingresso que foi concretizado em julho.