Imagem de arquivo de presidentes das Coreias do Norte e do Sul: o projeto começou depois que o Conselho de Segurança da ONU concedeu há poucos dias uma isenção sobre as sanções que pesam sobre o regime norte-coreano (Korea Summit Press Pool/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de novembro de 2018 às 07h57.
Seul - As duas Coreias iniciaram nesta sexta-feira um estudo de viabilidade conjunto para modernizar e possivelmente reconectar suas linhas férreas através da fronteira.
Um trem sul-coreano com dúzias de engenheiros e funcionários cruzou hoje o limite divisório para iniciar no Norte um estudo que avaliará o estado de 1.200 quilômetros de vias norte-coreanas e se prolongará até o próximo dia 17 de dezembro, segundo a nota enviada a meios de comunicação pelo reduzido grupo de jornalistas que viaja a bordo.
O comboio de seis vagões partiu da estação de Dorasan, a poucos quilômetros da fronteira, e se dirigiu à estação nortista de Panmun, perto da cidade de Kaesong.
O projeto começou depois que o Conselho de Segurança da ONU concedeu há poucos dias uma isenção sobre as sanções que pesam sobre o regime norte-coreano por seus testes de armas de destruição em massa.
Esta isenção permite o envio ao Norte de combustível e de outros materiais para executar o estudo, algo que normalmente é proibido pelas resoluções do Conselho de Segurança.
O estudo é fruto de um acordo assinado pelas duas Coreias, que permanecem tecnicamente em guerra desde os anos 1950, durante a primeira cúpula de líderes que tiveram este ano em abril.
Além de ajudar a modernizar o traçado norte-coreano, o projeto busca impulsionar a reconexão de trens através da fronteira sempre que o regime de sanções que pesa sobre Pyongyang, que atualmente conversa com Washington para negociar um possível desmantelamento do seu arsenal, o permita no futuro.
O atual estudo de viabilidade é o segundo realizado pelas duas Coreias depois de outro similar em 2007, que permitiu a circulação de trens de mercadorias entre os dois países durante um ano antes que o esfriamento na relação bilateral provocasse o desligamento das vias através da fronteira.