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Coreias e EUA vão retirar armas e soldados de área comum da fronteira

Os três países fizeram um acordo para retirar as tropas e as armas da única região da fronteira na qual as tropas podem se movimentar livremente

Kim-Trump: nos dias 26 e 27 de outubro "as três partes farão uma verificação conjunta" da retirada, diz comunicado (Jonathan Ernst/Reuters)

Kim-Trump: nos dias 26 e 27 de outubro "as três partes farão uma verificação conjunta" da retirada, diz comunicado (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 22 de outubro de 2018 às 12h55.

Seul - As duas Coreias e o Comando da ONU (UNC), que é liderado pelos Estados Unidos, chegaram a um acordo nesta segunda-feira para retirar armamentos e postos militares da Área de Segurança Conjunta (JSA, na sigla em inglês), a única região da fronteira na qual as tropas dos três países podem se movimentar livremente.

O pacto foi firmado em reunião trilateral realizada hoje na própria JSA com base no acordo militar assinado em setembro pelas duas Coreias - que tecnicamente ainda estão em guerra - em Pyongyang.

"As duas Coreias e o UNC concordaram em adotar as medidas de retirar as armas e os postos militares da JSA até 25 de outubro", informou o Ministério de Defesa da Coreia do Sul em comunicado.

Nos dias 26 e 27 de outubro "as três partes farão uma verificação conjunta" da retirada, acrescentou o ministério sul-coreano na nota.

A UNC está incluída nas atuais negociações, já que administra a faixa sul da área desmilitarizada que divide as duas Coreias e em cujo coração se encontra a JSA.

A JSA, chamada de "o último palco da Guerra Fria", era originalmente uma área neutra na qual soldados das três partes podiam se movimentar livremente até que também foi dividida em duas, após um fato que culminou no assassinato de dois oficiais americanos pelas tropas norte-coreanas em 1976.

A JSA também foi palco de outros conflitos armados e deserções, como a espetacular fuga protagonizada por um soldado norte-coreano, que conseguiu atravessar a fronteira em novembro de 2017 após ter sido baleado várias vezes por colegas do exército da Coreia do Norte.

O acordo militar firmado por ambas as Coreias na atual fase de aproximação bilateral pretende diminuir a tensão existente na JSA e em outras regiões fronteiriças.

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