Mundo

Coreias aceitam reconectar estradas, mas EUA temem relaxamento de sanções

Apesar do encontro entre Kim e Trump, EUA continuam levando adiante a política de "pressão máxima" para que a Coreia do Norte abandone suas armas nucleares

Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta segunda-feira em começar a reconectar ligações ferroviárias e rodoviárias (Korea Summit Press Pool//Reuters)

Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta segunda-feira em começar a reconectar ligações ferroviárias e rodoviárias (Korea Summit Press Pool//Reuters)

R

Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 09h30.

Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 09h35.

Seul - As Coreias do Norte e do Sul concordaram nesta segunda-feira em começar a reconectar ligações ferroviárias e rodoviárias, em mais um passo na melhoria de relacionamento que os Estados Unidos temem minar os esforços para pressionar Pyongyang a abdicar de seu programa nuclear.

O acordo sobre as conexões de transporte surgiu durante conversas ocorridas no vilarejo fronteiriço de Panmunjom que visam capitalizar a cúpula realizada entre o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, no mês passado, a terceira cúpula entre os dos líderes neste ano.

"O Sul e o Norte chegaram a um acordo depois de debaterem sinceramente planos de ação para levar as relações intercoreanas a um patamar novo e mais elevado", informou um comunicado conjunto divulgado pelo Ministério da Unificação sul-coreano.

Os dois lados combinaram realizar cerimônias no final de novembro ou início de dezembro para inaugurar os trabalhos de religação das ferrovias e estradas que estão desconectadas desde a Guerra da Coreia de 1950-53.

As partes farão estudos de campo conjuntos sobre os planos de transporte a partir do final deste mês, segundo o comunicado.

Elas também concordaram em debater até o final deste mês o plano de uma candidatura conjunta para a Olimpíada de 2032 e em estudar em novembro maneiras de retomar teleconferências pela internet e conversas por vídeo de famílias separadas pela guerra.

Autoridades militares dos dois lados devem se reunir "no futuro próximo" para acertar os passos subsequentes de um pacto militar combinado na cúpula do mês passado.

O acordo inclui o restabelecimento de uma missão militar conjunta, a suspensão de exercícios militares, uma zona de exclusão aérea próxima da fronteira e a remoção gradual de minas terrestres e de postos de guarda da Zona Desmilitarizada (DMZ).

No dia 22 de outubro também haverá reuniões sobre o reflorestamento, e sobre a saúde e a prevenção de doenças no final de outubro em um escritório de ligação conjunto inaugurado no mês passado em Kaesong, cidade da fronteira norte-coreana.

Em junho Kim se reuniu com o presidente dos EUA, Donald Trump, em uma cúpula inédita em Cingapura, e as duas partes estão preparando uma segunda reunião que Trump disse ser provável após as eleições parlamentares norte-americanas de 6 de novembro.

Apesar do encontro entre Kim e Trump, Washington continua levando adiante uma política de "pressão máxima" para levar a Coreia do Norte a desistir de suas armas nucleares e mísseis balísticos.

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteCoreia do SulDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Guerras comerciais

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA