Exército Sul-Coreano: presidente ordenou que forças seu exército "exibisse suas capacidades para superar as forças norte-coreanas em caso de ataque" (Lim Byung-Shik/Yonhap/via Reuters/Reuters)
EFE
Publicado em 29 de agosto de 2017 às 08h21.
Seul - O Exército da Coreia do Sul realizou, nesta terça-feira, exercícios de bombardeios aéreos perto da fronteira com a Coreia do Norte, em resposta ao novo lançamento de um míssil do regime liderado por Kim Jong-un que sobrevoou o Japão antes de cair no Pacífico.
Seul desdobrou quatro caças F-15K que lançaram bombas em um alvo localizado perto da fronteira desmilitarizada que separa as duas Coreias (DMZ), com o objetivo de "melhorar as capacidades para destruir a liderança inimiga", segundo o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan.
As manobras foram realizadas depois que o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, ordenasse que seu Exército "exibisse suas capacidades para superar as forças norte-coreanas em caso de ataque", disse o porta-voz, em declarações divulgadas pela agência de notícias "Yonhap".
Na mesma linha, o porta-voz do comando conjunto das forças sul-coreanas, o oficial Roh Jae-chon, advertiu que a Coreia do Norte enfrentará represálias se continuar com seus testes, e apontou que o novo teste supõe "outra flagrante violação" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Hoje aconteceu o 13º lançamento de um míssil balístico, por parte do país asiático neste ano, acrescentou o porta-voz do comando conjunto em um comunicado.
O míssil, disparado da região de Pyongyang, caiu cerca de 1.180 quilômetros do Cabo de Erimo, no extremo do nordeste do arquipélago japonês, após percorrer uma distância total de 2,7 mil quilômetros e alcançar o seu ponto culminante cerca de 550 quilômetros de altura antes de cair ao mar.
O novo teste norte-coreano ocorre depois de Pyongyang ter lançado no último sábado três mísseis balísticos de curto alcance nas águas do Mar do Japão, e após realizar no mês passado o teste com dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM).
O primeiro destes lançamentos, ocorrido no dia 4 de julho, valeu ao regime de Kim Jong-un um pacote de novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.