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Coreia do Sul repete alerta contra norte-coreanos

Ministro sul-coreano disse que bombardeará o país vizinho se a nação do Norte realizar mais atos provocativos

Há 11 dias, Coreia do Norte atacou a ilha de Yeonpyeong, deixando quatro mortos (Getty Images)

Há 11 dias, Coreia do Norte atacou a ilha de Yeonpyeong, deixando quatro mortos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2010 às 09h47.

Seul - A Coreia do Sul repetiu neste sábado seu alerta de que contra-atacará com força os norte-coreanos em caso de nova ofensiva inesperada.

O ministro da Defesa, Kim Kwan-jin, disse na sexta-feira que a Coreia do Sul bombardeará o país vizinho se a nação do Norte realizar mais atos provocativos, 11 dias após os norte-coreanos terem atacado a pequena ilha de Yeonpyeong, matando quatro pessoas.

"A provocação do nosso inimigo ainda não acabou," afirmou Kim. "Mais à frente, eles continuarão atacando nossos pontos fracos e tramando provocações de novos aspectos... Se a Coreia do Norte realizar novamente uma provocação militar contra o nosso território e cidadãos, precisamos puni-los com uma reação poderosa e imediata até que eles se entreguem completamente."

Kim, um general aposentado, também pediu melhorias na capacidade de combate, treinamento e "preparações para vencer em qualquer momento de combate contra o inimigo."

Um ex-comandante das forças norte-americanas na Coreia pediu uma forte e "assimétrica" retaliação contra a Coreia do Norte em caso de mais provocações, além da interrupção de qualquer contato com o fechado regime norte-coreano.

"Da próxima vez que o Norte atacar, deve haver um ataque militar retaliatório imediato e assimétrico pela Coreia do Sul," afirmou Burwell Bell, que se aposentou em 2008, segundo a agência de notícias Yonhap.

"Permitir que a Coreia do Norte ataque o Sul sem contra-ataque manda uma mensagem de fraqueza e timidez a Kim Jong-il," afirmou, referindo-se ao líder do país vizinho.

Bell pediu que os aliados suspendam todos os laços com o Norte por meio de "sanções econômicas totais" e o abandono das negociações que envolvem seis países e têm o objetivo de interromper o programa nuclear norte-coreano.

Há dois anos, a Coreia do Norte deixou a mesa de negociações, que tinha as duas Coreias, a China, os Estados Unidos, o Japão e a Rússia.

"Enquanto Kim Jong-il estiver no poder, as conversas entre os seis países estão mortas, e os Estados Unidos e a República da Coreia (Coreia do Sul) devem fazer um funeral oficial para as negociações," disse Bell, que também criticou a China por não controlar o seu aliado.

Os ministros das Relações Exteriores de EUA, Japão e Coreia do Sul, países aliados há muito tempo, vão se encontrar em Washington na segunda-feira para conversar sobre a questão norte-coreana. A China, que faz pressão por um encontro emergencial dos seis países envolvidos nas negociações, não vai à reunião. Isso significa que o encontro em Washington tem poucas chances de resolver o impasse.

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