Profissionais de saúde fazem testagem em frente à estação de trem em Seul, na Coreia do Sul (Simon Shin/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 20 de dezembro de 2020 às 09h45.
Última atualização em 20 de dezembro de 2020 às 09h58.
Com 1.097 novos casos de covid registrados neste domingo, dia 20, a Coreia do Sul vive um aumento expressivo do contágio, assim como a Europa e os Estados Unidos. Os maiores focos de propagação têm sido observados na capital, Seul, e em Incheon, que possui 25 milhões de habitantes.
Na segunda, dia 14, o governo coreano ordenou o fechamento de todas as escolas. Novas medidas de restrição estão sendo estudadas.
Os hospitais do país estão ficando sem leitos disponíveis. Este domingo marcou o quinto dia seguido em que mais de 1.000 novos casos são contabilizados. "Estamos com as costas contra a parede", disse o presidente Moon Jae-in. "Trata-se de um momento crucial em que devemos dirigir todos os esforços para a contenção do coronavírus".
O novo surto da doença atingiu uma das principais prisões de Seul essa semana. Quase 200 presos foram infectados.
A Coreia do Sul era considerada um modelo no combate ao coronavírus. Um eficiente sistema de testagem e de rastreamento de novos casos protegeu o país durante o primeiro pico da pandemia, no primeiro semestre.
O relaxamento das medidas de restrição e a esperança de que o pior já tinha passado provocou o aumento recorde da propogação do vírus que está sendo observado agora.
Para conter a segunda onda do coronavírus, foram criados 150 novos centros de testagem. As autoridades também recomeçaram um massivo programa de rastreamento. Se nada isso funcionar, o país deve entrar em lockdown.