Movimento em avenida de Seul: há três dias seguidos o país registra mais de 300 novos casos diários (Kim Hong-Ji/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2020 às 09h36.
O governo da Coreia do Sul estuda a necessidade de ter que elevar o distanciamento social ao mais alto nível, depois de as autoridades sanitárias verificarem que o país corre o risco de ter um “surto massivo de abrangência nacional”. Neste domingo, 397 novos casos de covid-19 foram confirmados no país, o maior número desde 7 de março. Cerca de 25% desses casos foram relatados fora da área metropolitana de Seul. Há três dias seguidos, o país tem registrado mais de 300 novos casos por dia de coronavírus.
Segundo Jung Eun-kyeong, chefe do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças da Coreia do Sul, os casos de covid-19 estão aumentando em 17 cidades e províncias em todo o país. Em junho, o país adotou um sistema de distanciamento social com três níveis de restrições. No domingo, o governo expandiu as regras de distanciamento social de nível 2, já em vigor na área metropolitana de Seul e Busan, para o restante do país.
As restrições de nível 2 proíbem encontros de 50 ou mais pessoas em ambientes fechados e de 100 pessoas ou mais ao ar livre. As restrições se estendem a eventos como casamentos, cultos religiosos e atividades esportivas. O nível 2 ambém proíbe a operação de12 tipos de negócios de “alto risco”, como bares e salas de concerto.
O nível 3, o mais alto, veta reuniões e eventos com 10 pessoas ou mais e dá às autoridades o poder de limitar o horário de funcionamento em shoppings e lojas de varejo. “O governo está atualmente estudando a necessidade, o momento e o método de aplicação das restrições de nível 3”, disse Jung.
Em Seul, a partir desta segunda-feira, os moradores devem usar máscara tanto em ambientes fechados quanto ao ar livre quando estiverem em público.
Até o momento, a Coreia do Sul, um país com 50 milhões de habitantes, registrou um total de 17.399 casos e 309 óbitos por covid-19. O pico dos casos aconteceu entre fevereiro e março, quando foram relatadas mais de 5.000 infecções relacionadas a uma seita religiosa chamada Shincheonji. Os membros desse grupo se reúnem de uma forma que ficam em contato próximo uns com os outros por longos períodos, o que facilitou a disseminação da doença.