Lee Jae-yong, vice-presidente e herdeiro da Samsung: ele prestou depoimento durante 22 horas (SeongJoon Cho/Bloomberg)
AFP
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 06h55.
Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 08h34.
A procuradoria sul-coreana anunciou nesta segunda-feira que pediu a detenção do herdeiro do gigante da eletrônica Samsung no âmbito da investigação do escândalo político que levou à renúncia da presidente Park Geun-Hye.
Em uma declaração, os procuradores que investigam este caso de corrupção indicaram ter solicitado a um tribunal de Seul a detenção de Lee Jae-Yong, filho do poderoso presidente do conglomerado Samsung, Lee Kun-Hee.
O tribunal deverá decidir se emite ou não a ordem de detenção do vice-presidente da Samsung Electronics.
Lee Jae-Yong havia sido interrogado na semana passada durante 22 horas, suspeito de corrupção.
Ele se tornaria o primeiro líder empresarial a ser detido no âmbito deste escândalo que já custou o cargo da própria presidente.
Os investigadores haviam indicado anteriormente que Lee era considerado suspeito neste escândalo que foi crescendo como bola de neve após o indiciamento no ano passado de Choi Soon-Sil, confidente da presidente.
A chamada "Rasputina sul-coreana" está sendo julgada atualmente por ter utilizado seu relacionamento com Park para embolsar enormes somas de dinheiro de grandes conglomerado sul-coreanos, que pagaram milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela.
A Samsung, o maior grupo industrial do país, foi a mais generosa, doando 20 bilhões de wons (17 milhões de dólares) às fundações de Choi, à frente de Hyundai, SK, LG e Lotte.