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Coreia do Sul e EUA iniciam manobras militares

Apesar dos protestos da Coreia do Norte, a Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram em território sul-coreano seus dois maiores exercícios militares anuais


	Navios da Coréia do Sul e dos Estados Unidos em um exercício militar: exercício durará duas semanas
 (South Korean Navy/Divulgação/Reuters)

Navios da Coréia do Sul e dos Estados Unidos em um exercício militar: exercício durará duas semanas (South Korean Navy/Divulgação/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 08h15.

Seul - A Coreia do Sul e os Estados Unidos iniciaram nesta segunda-feira em território sul-coreano seus dois maiores exercícios militares anuais conjuntos, o Key Resolve e o Foal Eagle, apesar dos protestos da Coreia do Norte.

As manobras "começaram nesta manhã segundo o previsto por terra, mar e ar em diversas áreas do país", informou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa de Seul.

O exercício Key Resolve, que durará duas semanas, até 9 de março, mobilizará 10 mil militares sul-coreanos e 5.200 americanos, dos quais 1.100 chegaram de fora para se somar às tropas que os Estados Unidos mantêm em território da Coreia do Sul.

Já as manobras Foal Eagle, que durarão quase dois meses, até 18 de abril, contarão com 7.500 militares americanos (5.100 procedentes do exterior), que se juntarão a tropas de divisões ou unidades menores da Coreia do Sul.

O porta-voz de Defesa sul-coreano destacou que ambas as manobras têm um caráter "estritamente defensivo" e não pretendem provocar a Coreia do Norte, mas coordenar uma resposta perante possíveis agressões do país comunista.

No entanto, nas últimas semanas o regime de Kim Jong-un afirmou que as manobras dos aliados não eram defensivas e as qualificou como "ensaios de guerra nuclear" e "provocações militares".

Além disso, solicitou insistentemente a Seul e Washington que cancelassem ambos os exercícios.


Em 2013, o país comunista respondeu às manobras com uma intensa campanha de hostilidades, incluídas ameaças de guerra quase diárias, que elevou ao máximo a tensão.

Um funcionário sul-coreano assegurou à agência local Yonhap que neste ano os exercícios serão realizados de uma maneira "discreta", sem grandes bombardeiros e porta-aviões nucleares para não provocar a Coreia do Norte e romper o atual clima de distensão.

No entanto, o porta-voz de Defesa de Seul não confirmou este ponto e disse à Efe que está prevista a participação de bombardeiros B-52 americanos nas manobras militares.

A Coreia do Norte e a do Sul vivem um momento de entendimento e mantiveram nos últimos dias pela primeira vez em três anos um reencontro de familiares separados pela Guerra da Coreia (1950-53).

A reunião quase foi cancelada devido às reservas de Pyongyang aos exercícios militares iniciados hoje, mas finalmente o evento humanitário começou há duas semanas e terminará nesta segunda-feira.

Os EUA mantêm 28.500 militares na Coreia do Sul e se compromete a defender seu aliado, uma herança da Guerra da Coreia, que finalizou com um armistício ao invés de um tratado de paz e por isso Norte e Sul estão até hoje tecnicamente em confronto.

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