Park Geun-hye: ex-presidente é suspeita de abuso de poder, coação, revelação de segredos de Estado e suborno (Jung Yeon-Je/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de março de 2017 às 06h50.
Seul - Um tribunal de Seul começou nesta quinta-feira a sessão onde decidirá se aceita ou não o pedido da promotoria para prender, de maneira preventiva, a ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, por sua participação na trama de corrupção da "Rasputina".
Embora não seja obrigada, a própria ex-mandatária se apresentou na corte para assistir a audiência convocada para ouvir os argumentos das partes e, em seguida, emitir um veredicto, que deve acontecer no final do dia ou início de sexta-feira.
Se a corte aceitar o pedido dos promotores, que acusam Park de 13 crimes, a ex-presidente, que foi destituída de seu cargo no último dia 10 por este caso de corrupção, seria presa imediatamente e transferida para um centro de detenção do sul de Seul.
Neste mesmo local já estão presos sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como a "Rasputina" por sua proximidade com Park, com quem supostamente conspirou para criar uma rede com o objetivo de extorquir empresas, além do herdeiro do grupo Samsung, Lee Jae-yong, por ter pago propinas nesta trama.
Os veículos de imprensa sul-coreanos realizaram uma grande cobertura na transmissão ao vivo do trajeto que a ex-presidente realizou da sua casa, no bairro de Samseong, onde cerca de 2 mil policiais contiveram centenas de seus agitados seguidores, até o tribunal, onde chegou com fisionomia séria e se negou a dar declarações.
A promotoria considera Park suspeita de crimes como abuso de poder, coação, revelação de segredos de Estado e suborno, este último punido pela lei sul-coreana com um mínimo de dez anos de prisão e até com prisão perpétua.
Se o tribunal acatar o pedido da promotoria, Park será o terceiro ex-chefe de Estado sul-coreano a ser detido após o general Chun Doo-hwan e Roh Tae-woo.