Kim Jong-nam: "Levando em conta que cinco suspeitos foram identificados como norte-coreanos, o governo considera que o regime da Coreia do Norte está por trás do incidente" (Eriko Sugita/File Photo/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de fevereiro de 2017 às 10h31.
Seul - O governo da Coreia do Sul afirmou neste domingo que o regime de Pyongyang "está por trás" do assassinato de Kim Jong-nam, o irmão mais velho do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, já que cinco suspeitos são de nacionalidade norte-coreana.
"Levando em conta que cinco suspeitos foram identificados como norte-coreanos, o governo considera que o regime da Coreia do Norte está por trás do incidente", declarou um porta-voz do Ministério da Unificação de Seul a veículos de comunicação locais.
A reação da Coreia do Sul é conhecida depois que a polícia da Malásia deteve na sexta-feira um norte-coreano de 46 anos em relação com o suposto assassinato de Kim Jong-nam e revelou hoje que procura outros quatro cidadãos dessa mesma nacionalidade por seu envolvimento no incidente.
Kim Jong-nam morreu na manhã da última segunda-feira enquanto era transferido ao hospital depois que supostamente duas mulheres lhe envenenaram no terminal de saídas internacionais do aeroporto de Kuala Lumpur, onde tomaria um voo de volta a Macau, onde vivia autoexilado.
A polícia da Malásia mantém sob custódia duas mulheres, um vietnamita e outra indonésia, e dois homens, um malaio e outro norte-coreano.
As autoridades da Malásia asseguraram que a investigação segue em andamento e não quiseram assinalar a causa exata da morte nem especular sobre quem está por trás do suposto assassinato.
"Não estamos interessados em política ou outros elementos. No que estamos interessados é em por que se cometeu um crime desta classe em nosso país. Nosso trabalho é descobrir a verdade e levar os culpados perante a justiça", disse hoje o subdiretor da polícia da Malásia, Noor Rashid Ibrahim.
Na terça-feira passada, o governo sul-coreano qualificou de "brutal e desumano" o assassinato de Kim Jong-nam e os serviços de inteligência de Seul revelaram que Pyongyang já havia tentado assassinar o meio irmão de Kim Jong-un em 2012.