Teste de míssil: segundo o Japão, aparentemente a Coreia do Norte tentou lançar vários mísseis de uma vez (KCNA/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de março de 2017 às 06h51.
Última atualização em 30 de maio de 2017 às 11h35.
Seul/Tóquio - A Coreia do Norte realizou nesta quarta-feira um novo teste de um míssil, que aparentemente logo explodiu após seu lançamento e as suas características são conhecidas, segundo informações divulgadas por autoridades militares da Coreia do Sul e Estados Unidos.
O Exército norte-coreano lançou o míssil de uma área próxima ao aeroporto de Kalma, na cidade de Wonsan explicou o Ministério da Defesa sul-coreano em comunicado, onde acrescentou que o míssil "não foi disparado com normalidade", sem especificar mais a respeito.
Seul continua analisando dados sobre o lançamento e o tipo de míssil utilizado.
Fontes do governo japonês afirmaram que o novo lançamento, que aparentemente fracassou, aconteceu por volta das 7h (hora local), e que tinha lançado vários mísseis em vez de um só.
Por sua parte, o Comando do Pacífico dos Estados Unidos expressou em outro comunicado que o míssil disparado hoje "aparentemente explodiu poucos segundos do lançamento" e que trabalha com seus aliados em Seul e Tóquio para elaborar uma análise mais detalhada a respeito.
O novo teste de mísseis aconteceu em plena escalada de tensão na península coreana por causa do último teste armamentismo do regime liderado por Kim Jong-un, no dia 6 deste mês, onde foram disparados quatro mísseis de médio alcance em águas japonesas.
O secretário-geral do Gabinete do Japão, Yoshihide Suga, disse apenas que o governo de seu país "não tem informação sobre que um míssil que tenha se aproximado do território japonês" e, em entrevista coletiva, negou ameaça alguma contra a segurança nacional.
O Japão "mantém sua coordenação com os Estados Unidos e Coreia do Sul" e "vigia o tempo todo a Coreia do Norte para poder estar pronto para qualquer situação", acrescentou.
O lançamento norte-coreano no início deste mês tinha como objetivo ser uma resposta para as manobras militares que Seul e Washington realizam nestes dias em solo sul-coreano, e que Pyongyang considera outra provocação e um teste para invadir seu território.