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Coreia do Norte sofrerá um duro castigo, diz Coreia do Sul

"A determinação do nosso governo em proteger a paz requer fortes capacidades defensivas", disse o presidente sul-coreano

Kim Jong-un: Moon iniciou seu mandato em maio com uma proposta de diálogo ao regime de Kim Jong-un, que foi rejeitado por Pyongyang (KCNA/Reuters)

Kim Jong-un: Moon iniciou seu mandato em maio com uma proposta de diálogo ao regime de Kim Jong-un, que foi rejeitado por Pyongyang (KCNA/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 06h34.

Seul - O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, pediu, nesta quinta-feira, o fortalecimento das capacidades defensivas do país, diante do crescente desafio norte-coreano e afirmou também que Seul responderá com um "duro castigo" as "provocações" de Pyongyang.

"A determinação do nosso governo em proteger a paz requer fortes capacidades defensivas. Responderemos as provocações com um duro castigo", disse Moon, em uma cerimônia para festejar o dia das Forças Armadas.

Durante o ato, realizado no quartel da Segunda Frota da Marinha em Pyeongtaek, foi exibido o armamento estratégico, incluindo projéteis balísticos Hyunmoo-2 e mísseis de cruzeiro Hyunmoo-3.

Embora que a mensagem feita hoje por Moon seja nova, o local escolhido para a cerimônia, a implementação de armas e a insistência na necessidade de reforçar os sistemas de ataque preventivo enfatizam o endurecimento da postura de Seul diante dos seguidos testes de armas de Pyongyang.

"Sem uma defesa forte, não podemos nem proteger e nem alcançar a paz", insistiu Moon, diante de 3,7 mil soldados reunidos em Pyeongtaek.

"Podemos prevenir as provocações nucleares da Coreia do Norte se a dissuasão da aliança entre a República da Coreia (nome oficial do país) e os Estados Unidos se manifestam de maneira efetiva", afirmou Moon.

Apesar de enfatizar a importância do vínculo militar com Washington, o presidente considerou que seu país precisa recuperar logo o controle operacional das suas tropas em caso de guerra (OPCON), que agora corresponde ao Pentágono.

Moon iniciou seu mandato em maio com uma proposta de diálogo ao regime de Kim Jong-un, que foi rejeitado por Pyongyang, alegando que Seul deveria se libertar da influência dos Estados Unidos.

Desde então, a Coreia do Norte lançou dez mísseis balísticos (entre eles, os seus primeiros de alcance intercontinental) e realizado um teste nuclear, no último dia 3, rendendo novas rodadas de sanções da ONU.

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