Mundo

Coreia do Norte se compromete com direitos humanos

A Coreia do Norte assinou protocolo da ONU sobre proteção de crianças e ressaltou compromisso com direitos humanos


	Desfile militar na Coreia do Norte: assinatura de protocolo parece ser resposta à pressão internacional
 (KNS/AFP/AFP)

Desfile militar na Coreia do Norte: assinatura de protocolo parece ser resposta à pressão internacional (KNS/AFP/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 08h29.

Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira que assinou um protocolo da ONU sobre a proteção de crianças e ressaltou seu compromisso com os direitos humanos, em uma aparente resposta à pressão internacional contra os abusos cometidos pelo regime sobre sua população.

A Assembleia Popular Suprema (parlamento), que é o principal órgão legislativo do país, emitiu na quarta-feira um decreto para ratificar o protocolo facultativo da Convenção sobre os Direitos da criança adotado em 2000, informou a agência de notícias estatal "KCNA".

O protocolo especifica em seu artigo 1 que "os Estados Partes proibirão a venda de crianças, a prostituição infantil e a utilização de crianças na pornografia".

A KCNA destacou que a adesão ao protocolo "é uma prova da política do governo de priorizar as crianças e a vontade de cumprir com seus compromissos e promover a cooperação internacional no âmbito dos direitos humanos".

Isto é interpretado como uma nova tentativa do regime de Kim Jong-un de se defender após a publicação de um duro relatório da ONU sobre os direitos humanos no país e a pretensão da UE e Japão de levar o caso a um tribunal internacional.

O executivo de Bruxelas prepara junto ao Japão uma resolução para o comitê de direitos humanos da Assembleia Geral da ONU sobre o caso dos abusos do regime de Pyongyang, a fim de que o remeta ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

A iniciativa acontece depois que em março, a Comissão de Investigação da ONU para Coreia do Norte publicou um detalhado relatório que acusa o regime de Pyongyang de praticar "crimes contra a humanidade" equiparáveis aos cometidos pelo nazismo alemão e o "apartheid" na África do Sul.

O regime de Kim Jong-un, que não permite a entrada ao país de supervisores de direitos humanos, protestou energicamente contra o relatório de março e a planejada resolução da UE e Japão, sob o argumento que obedecem aos interesses dos EUA.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCriançasDireitos HumanosONU

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru