Coreia do Norte excluiu nesta terça-feira (2) renunciar às armas nucleares em troca de uma declaração formal dos EUA para pôr fim à guerra (KCNA/Reuters)
AFP
Publicado em 2 de outubro de 2018 às 08h44.
Última atualização em 2 de outubro de 2018 às 08h46.
A Coreia do Norte excluiu nesta terça-feira (2) renunciar às armas nucleares em troca de uma declaração formal dos Estados Unidos para pôr fim à guerra, acrescentando que um tratado de paz não pode ser "um elemento de barganha".
Durante décadas, Pyongyang pediu aos Estados Unidos que pusessem fim à Guerra da Coreia (1950-1953) contida por meio de um armistício, mas não com um tratado de paz.
A Coreia do Norte acredita que o fim da guerra contribuiria para reduzir as tensões na península.
Nesta terça-feira, a agência oficial de notícias KCNA destacou que alguns especialistas americanos cogitaram uma possível troca entre uma declaração que ponha fim à guerra e a desnuclearização.
"O fim da guerra (...) não é um presente que uma pessoa dá à outra. E não pode ser um elemento de barganha para obter a desnuclearização da RPDC (República Popular e Democrática da Coreia)", afirma a KCNA.
A agência informou que o governo está disposto a tomar "medidas como o desarmamento eterno" de seu arsenal nuclear, "se os Estados Unidos tomarem medidas correspondentes". Não deu detalhes do que seriam essas medidas.
Desde o início deste ano, a península é palco de um notável degelo. Já houve três cúpulas intercoreanas e uma histórica reunião, em junho, entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump.
Por enquanto, o processo não deu praticamente nenhum resultado no que se refere à desnuclearização.