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Coreia do Norte rejeita condenação do G8 a programa nuclear

''É absolutamente intolerável e imprudente a provocação política do G8'', assinalou a agência estatal norte-coreana ''KCNA''

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 21h12.

Tóquio - O regime comunista da Coreia do Norte rejeitou nesta terça-feira a ''intolerável'' condenação do G8 a seu programa nuclear e a definiu como uma violação de sua soberania, ao mesmo tempo que ameaçou ''tomar contramedidas em defesa própria''.

''É absolutamente intolerável e imprudente a provocação política do G8'', assinalou a agência estatal norte-coreana ''KCNA'', que cita um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores.

O regime liderado por Kim Jong-un justificou seu programa nuclear em resposta à ''política hostil dos Estados Unidos'' e assegurou que o seguirá expandindo e reforçando ''sem cessar enquanto continuar esta política hostil''.

Também criticou as condenações ao lançamento, sem sucesso, de um foguete de longo alcance em abril, que boa parte da comunidade internacional considerou um teste encoberto de um míssil e que segundo Pyongyang foi ''o lançamento de um satélite com fins pacíficos''.

''Seguiremos exercendo de forma legítima nosso direito soberano de lançar satélites e alcançar os requisitos indispensáveis para construir um poder econômico'', indicou a ''KCNA''.

No fim de semana passado os líderes do G8, reunidos em Camp David (EUA), condenaram o desenvolvimento nuclear e de mísseis do regime comunista e consideraram que põe em perigo a estabilidade da região ao ''violar suas obrigações internacionais''.

O presidente dos EUA, Barack Obama, indicou então que a Coreia do Norte tem a opção de sair do isolamento para somar-se à comunidade internacional, mas só se deixar definitivamente as ações provocativas.

A ''KCNA'' assinalou que ainda há espaço para resolver a questão nuclear na península de Coreia de forma pacífica ''através de diálogo e negociações'', mas insistiu que o único modo de aplanar o caminho é que Washington cesse, na prática, ''sua política hostil com a Coreia do Norte''.

Desde o lançamento do foguete de longo alcance, a comunidade internacional teme a possibilidade de um novo teste nuclear norte-coreano, que já realizou várias provas atômicas em 2006 e 2009.

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