Coreias: os EUA ainda mantém mais de 28 mil homens no sul da península (Korea Summit Press Pool/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de janeiro de 2019 às 08h52.
Seul - O principal jornal da Coreia do Norte, o "Rodong Sinmuna", pediu nesta quinta-feira a assinatura de um tratado de paz intercoreano em face da aguardada visita aos Estados Unidos de um alto funcionário de seu país para tentar concretizar uma segunda cúpula entre os líderes de Pyongyang e Washington.
"Transformar a península coreana em uma zona de paz consistente é o caminho básico para iniciar uma era dourada de paz, prosperidade e reunificação", diz um editorial do jornal.
"Somente quando transformarmos a península em uma zona de paz duradoura e consistente, nosso povo poderá desfrutar de uma vida pacífica e estável", completa o jornal, referindo-se a assinatura de um acordo para fechar a ferida aberta pela Guerra da Coreia (1950-1953), que foi interrompida com um cessar-fogo e não um tratado de paz.
O jornal também pediu para a Coreia do Sul que deixe de realizar manobras militares conjuntas com os EUA, seu principal aliado na disputa que aconteceu há quase 70 anos e que ainda mantém no sul da península um contingente de mais de 28 mil homens.
O artigo é publicado pouco antes da chegada em Washington do chefe da inteligência norte-coreana, Kim Yong-chol.
Embora não tenha confirmação da Coreia do Norte ou EUA, veículos de imprensa sul-coreanos e americanos asseguraram que Kim Yong-chol pode se encontrar com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e com o próprio presidente, Donald Trump, para tentar definir uma nova cúpula com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.